A depressão é uma doença que se caracteriza pela perda de interesse e prazer em realizar atividades cotidianas, baixa autoestima e sentimento constante de tristeza. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que aproximadamente 350 milhões de pessoas sofram de depressão.
Essa doença pode afetar diversas áreas da vida de uma pessoa, como a vida familiar, profissional e as relações amorosas e sociais. Existem fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de um quadro depressivo, tais como fatores biológicos, genéticos e psicossociais ou ambientais. Além disso, o diagnóstico e a investigação das possíveis causas de um quadro depressivo demandam a análise de um profissional habilitado.
Medicamentos antidepressivos desempenham um papel muito importante no tratamento da depressão. No entanto, também apresentam alguns efeitos colaterais e baixa adesão à terapia medicamentosa por parte dos pacientes.
Nesse sentido, cresce o número de estudos que buscam maneiras não medicamentosas de tratar e prevenir o desenvolvimento da depressão. Uma das abordagens que tem ganhado grande relevância no campo das doenças neurológicas é o exercício físico.
Exercício físico e depressão
Ao praticar exercício físico, o corpo humano reage liberando uma série de substâncias que promovem uma sensação de bem-estar, como endorfina e dopamina, além das neurotrofinas, que promovem o desenvolvimento dos neurônios por meio de um processo denominado regeneração neuronal.
Estudos têm revelado os múltiplos benefícios da atividade física no tratamento e prevenção da depressão. Pesquisadores analisaram dados de 218 estudos sobre exercícios físicos e depressão. Nessas pesquisas, a maioria dos resultados foi positiva quanto aos benefícios gerados pelo exercício físico no tratamento da depressão.
Um novo estudo revela que a atividade física pode ser essencial para melhorar o bem-estar. Nesse estudo, vários exercícios demonstraram benefícios muito significativos no tratamento da depressão.
Existe um tipo específico de exercício que gera maior benefício?
Embora qualquer exercício seja melhor do que nenhum, um estudo concluiu que exercícios mais intensos têm uma maior capacidade de produzir benefícios mais significativos no tratamento da depressão. Além disso, atividades em grupo tendem a ser mais benéficas, uma vez que o indivíduo estará em contato com outras pessoas. A socialização pode ajudar a reintegrar o indivíduo que, até então, estava isolado, promovendo um ambiente social e a oportunidade de conhecer pessoas novas.
Contudo, é importante lembrar que, embora os benefícios da atividade física sejam significativos no tratamento da depressão, ela é apenas um complemento à terapia medicamentosa e psicoterapêutica. O paciente só pode interromper a medicação após avaliação e recomendação médica.